Acervo das entrevistas de Marisa Silva em Fio às cinco em pontos
Depois das cinco
a ideia
O Nina Veiga Atelier de Educação reconhece a importância do trabalho da arte educadora Marisa Silva (@fioascincoempontos) que, durante a pandemia do Covid-19, iniciou uma série de entrevistas, o projeto FIO ÀS CINCO EM PONTOS, com personalidades de áreas que se avizinham ao campo de pesquisa das artes-manuais. Em vista disso, criamos um acervo com as entrevistas, importante documentação para a pesquisa em nossas pós-graduações e para os demais pesquisadores da área.
idealizadora do projeto Fio às cinco em pontos
É Pedagoga, Arte Educadora e Contadora de Histórias. Mestre em Educação/UFF(RJ). Os cursos de extensão compreendem a formação em Arte Educação pela Escolinha de Arte do Brasil(RJ), entre outros realizados no Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/Museu do Folclore(RJ), sempre alinhando pesquisas entre Educação Popular e Cultura. Dinamiza e desenvolve projetos de formação em educação e cultura através de oficinas e palestras sobre a Pedagogia Griô e Contação de Histórias para educadores das redes pública e particulares de ensino.
Também é idealizadora do Projeto "Fio às cinco em Pontos" onde entrevista de forma online, desde 2020, bordadeiras e bordadeiros de todo país, ouvindo suas histórias e memórias através do bordado.De segunda à sexta, às 21h, um vídeo do acervo é lançado.
Fio 1
Bordados do Boi da Floresta.
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Talyene Melonio.Fio 4
Escrevendo movimentos, alongando o corpo: cuidados que devemos ter antes, durante e depois de bordar.
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontas, Maria Fernanda Frazão.Fio 7
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Nina Veiga, falando de processos de imersão na arte de bordar, comunhão que sempre nos leva para dentro de nós.Fio 10
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Irismar Silva, do Ceará, que apresenta suas bonecas lindamente bordadas, Cartucheiras em flor, quadrinhos com motivos das festas e folguedos populares! Viva a Cultura Popular, viva o sertão do Cariri, Viva o povo brasileiro.Fio 13
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Itaėrcio Rocha (MA). Seus bordados e suas memórias estão entrelaçados em fios cheios de afetividade e belas histórias. Um encontro cheio de canções e muito brilho! Salve o Boi, salve o Cacuriä, Salve o Tambor de Crioula! Salve a festa e a arte das Bordadeiras que encantam todo o Maranhão.Fio 16
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Fernanda Macahįba que nos trouxe sua ancestralidade em forma de bordados e sonhos. contou sobre sua tataravó indígena e seu tataravô italiano, que chegou a trocar de nome em nome do amor! Falou também de sua outra avó, também italiana, que a ensinou a bordar e da qual herdou, dentre outras riquezas e saberes, a sua máquina de costura. O trabalho com o Projeto " Bordados Poéticos" vem lhe ampliando horizontes e possibilidades, além de muito aprendizado e prazer.Fio 19
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Fernando Cândido que é um bordadeiro de uma inquietude que encanta: tudo ao seu redor vira arte. De Catalão, cidade em que mora, nos mostrou vários trabalhos que misturam: bordado e literatura, bordado e colagem, bordado e fotografia e por aí vai... E por fim, quem já ouviu que homem não pode/ sabe bordar, procura lá em sua página @borda_do_ homem que , com certeza, muita coisa linda vai encontrar!Fio 20
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Paula Piedrafita (Santiago, Chile). O Coletivo "Bordando Dignidad" do qual Paula é uma das idealizadoras, nasceu a com as manifestações sociais que aconteceram no Chile a partir do dia 18 de Outubro , 2019. Mulheres Bordadeiras que se uniram para lutar contra o governo opressor, Bordando em praça pública, convocando mais e mais pessoas para se juntarem a ela, rememoraram o movimento das Apilleras, que também iam para as ruas bordar durante a Ditadura Militar Chilena. Paula nos contou também sobre suas memórias com o bordado, memórias esta que passa pela sua avó Margarida lá na Argentina, seu lugar de origem, e que ela carrega ainda hoje marcadamente em seu coração e em suas ações.
Conversar com Paula nos deu a certeza de que nossa luta é uma só: bordar um mundo melhor!Fio 24
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Bordadeira Cariri e o Coletivo Rosa Amarela.
O destino nos trouxe a grata surpresa de conversar novamente com a Bordadeira Irismar lá do Ceará e conhecer a bordadeira e artista plástica Lilica e a Vera Suzuki, que estavam justamente tingindo as linhas. Uma explosão de cores, viu?! A conversa fluiu e conseguimos ver obras lindas destas três Bordadeiras muito especiais.Fio 28
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Maria Fernanda, professora de bordados. Ela dá aulas no Rio e em Niterói, já formou centenas de pessoas pelo país a fora e, além de ser uma educadora incrível, é completamente apaixonada por bordados. Já teve inúmeros trabalhos expostos - inclusive fora do Brasil - e vem nos falar sobre afetos, pontos e sua história de vida, entrelaçada com arte e muito amor.Fio 31
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Francisco Gregório Filho, bordadeiro e Contador de histórias, que nasceu no Acre, mas vive há anos no Rio de Janeiro. Autor de vários livros, sabedor da ciência das palavras que encantam, Gregório é mestre na arte de bordar e tecer papagaios. Vai ser um poético encontro, onde palavras viram histórias e pipas que avoam e levantam sonhos. A conversa circulou por memórias e mais memórias, histórias e mais histórias, além de muitas cantigas, pra alimentar nossa imaginação e nos levar pra beira do rio, pro meio da mata, pra lugares afetivos que nos fazem bem. Sua linhagem é de mulheres fortes e seus tesouros são caixinhas de costuras geradas por sua avó, restos esquecidos de retalhos ganhados ao longo do tempo, de onde faz suas pipas bordadas que avoam enfeitando paredes e corações! Quem quiser ouvir mais e mais de suas histórias é só seguir seus passos e deixar os ouvidos atentos... Grata, axé!Fio 35
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Sylvia de Bonis, bordadeira e professora de Literatura, que vem nos falar sobre suas experiências com e através do bordado e do grupo "Bordado Carioca". O grupo é formado por 4 mulheres felizes em desenvolver seus trabalhos.
Ela, com Dora Firme, Idla Marinho e Marilene Palmeira, se encontram toda semana para apresentar e buscar novos projetos, inspirando outras mulheres a sonharem e tecerem seus projetos também. Ela trouxe um mundo de possibilidades que o bordado nos trás. Mostrou generosamente seus trabalhos e com detalhes, nos falou da diversidade que um único ponto pode nos oferecer. Contou também de sua trajetória, de sua avó bordadeira que ensinou pra sua filha, filha que ensinou pra outra filha. Contou-nos também sobre o coletivo " Bordado Carioca" que tão bem expressa a beleza da cidade do Rio em que moramos. Ficamos com gostinho de quero mais, viu?Fio 38
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Abadhia Marya, de Goiás. Diz Marisa: "Que alegria conversar com esta criatura chamada Abadhia. Além de uma habilidade incrível na arte de bordar, nos mostrou que com a simplicidade de um único ponto, podemos fazer coisas maravilhosas!
A importância do desenvolvimento identitário e a valorização da criatividade de cada um, foi um dos pontos centrais de sua fala. Eu quase não falei, pois tinha um eco minha voz inexplicável, mas como o importante era ela nos contar e mostrar seus trabalhos, a conversa fluiu e puder aprender mais e mais com esta querida artista, que nos faz rir com seu humor picante e jeito descontraído de ser. Riso solto, alegria no ar e pra completar, o sino da Igreja a tocar...
Foi lindo, viu? E com gostinho de quero mais...
Grata, axé!"Fio 41
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, a criadora e mantenedora da Coleção Nina Sargaço . Diz Marisa: "A brincadeira de hoje é: quem aqui ama seus panos de cozinha levanta a mão? Por acreditamos ser este um item de muito valor artístico e cultural, o Projeto "Fio às cinco em pontos" tem a alegria de conversar mais uma vez com a historiadora, pesquisadora e colecionadora de antigos métodos pedagógicos e registros das técnicas dos trabalhos manuais femininos têxteis Nina Sargaço, que vai falar especificamente de sua Coleção "Panos de Cozinha". Nina é criadora e mantenedora da Coleção Nina Sargaço que é um acervo particular, com sede própria na cidade de São Paulo que reúne mais de 20.000 itens, que tem por objetivo salvaguardar o conhecimento destas artes milenares que estão se perdendo muito rapidamente.
E para iniciar esta maravilhosa conversa, sempre tecida de memórias e afetos, teremos a participação especial da cantora Dorina( RJ) , ícone e referência do samba no Brasil. É, acho que o tempo vai ser curto, mas estaremos lá ,no Instagram marisilva1967 e aguardamos a interação de vocês, com carinho e afeto. Grata, axé!"Fio 44
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, com "a Bordadeira e Arquiteta Miame Ayres (RJ).
Ela trabalhou com meio-ambiente e urbanismo por muitos anos, mas depois de aposentada fez o curso "Tecer ao texto e vice-versa" com a prof. Marcela Carvalho (PUC, RJ), começou a bordar histórias e pra nossa sorte, nunca mais parou. Faz parte do grupo "Açafrão" com o qual vem participado da mostra "Bordados Poéticos de Paraty", da edição e organização do primeiro livro de bordados da turma "Do Tecer ao Texto" que leva o nome do grupo e do qual Marisa Silva também faz parte. Por ser uma Bordadeira de mão cheia, repleta de delicadezas , Miame vem fazendo as réplicas do Parangolés criados originalmente pelo grande artista Hélio Oiticica, desde 2009. É que para cada exposição com obras, são feitas réplicas novas para expor que podem e devem ser usadas durante a exposição, já que as originais não podem mais ser vestidas ou tocadas pelo público. Miame é uma grande amiga, pessoa que muito admiro e de uma generosidade que trans...borda... E para alinhavar com mais arte nossa prosa bordada, teremos a participação especialíssima da cantora , compositora, produtora e amiga Nilze Carvalho (RJ), que foi criança prodígio tocando inclusive no Fantástico ainda bem menina e hoje figura como uma das mais importantes musicistas do Brasil. Como nos fala Mestre Monarco: ô sorte!"Fio 2
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Edzita SigoViva.
Fio 5
A interface entre o bordado e a psicologia em um constante movimento de ressignificação da vida.
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Dolores Schroder, do projeto Bordado Mágico.Fio 8
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Vanessa Machado, a rememorar seus caminhos que a levaram até a sua empresa de moda Mira Lab.Fio 11
Marisa Silva recebe Telma Lopes, da Escolinha de Arte Guarä. Uma conversa bordada em um mágico quintal onde funciona a Escolinha de Arte Guarä , criada pela artista visual Telma Lopes e que atende às crianças de uma vila de pescador no bairro do Araçagi. Os bordados de Telma em folhas estão repletos de suas memórias, de quando criança, também brincava no quintal. Linda história de vida, gerada a partir de uma mãe costureira e um pai pescador.
Fio 14
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Theka Galvão. De uma máquina de costura na infância surgiram as mais fantásticas criações artísticas desta bordadeira e educadora Theka Galvão. As memórias de uma avó que gostava de chamar a atenção para os processos e as pessoas que estavam por trás de tudo que já estava pronto, a levou a perceber detalhes e delicadezas tão importantes para tecer, já na fase adulta, trabalhos que misturam tintas, linhas, pedrinhas e uma infinidade de materiais que saltam aos olhos e resinificam objetos esquecidos pelo tempo. Bordados que falam de lutas , que clamam por justiça, sem esquecer jamais da poesia, que é o tecido de que é feito sua vida.Fio 17
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Fátima Coelho, que é umas dessas pessoas iluminadas que acendem vários sentimentos bons por onde borda e passa.
Cada projeto que realiza nos incentiva a embelezar o mundo e com isso, nos tornamos belas também. Que os Projetos " Mãos que bordam" e " A palavra tem poder" tenham muita longevidade, pois estão carregados de amor e sabedoria!Fio 21
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Ninfa Parreiras. Conversar com é sempre beber vários goles de poesia. Desta vez, Ninfa nos contou sobre sua infância em Minas, sobre sua herança familiar que perpassa através de muitos bordados , linhas, fios e costuras. A tecitura de que foi feita é de mulheres fortes, porém delicadas e estes fios de memória, foram contados com muita ternura durante este encontro.Fio 22
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Marilena Fajersztajn.
Marilena e seus bordados, Marilena e seus brilhos, Marilena e sua voz suave , carregada de afetos. Seu bordado encanta, nos faz viajar, nos leva a lugares incríveis, seus bordados contam histórias! Foi muito gratificante saber mais um pouco sobre a história do Boi Cupuaçu, que fica no Morro do Querosene em São Paulo. Viva os Bois do Maranhão, viva todos os Mestres e Mestras da cultura popular, viva a festa, viva a brincadeira e viva a arte do bordado que nos une a todas e todos.Fio 25
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Jacira Barros, da Casa da Chita. Jacira é uma Bordadeira, que como eu, é apaixonada pelas chitas. Em sua " Casa da Chita" que fica em Ouro Preto, nas Gerais, podemos achar de um tudo: bolsas, almofadas, porta trecos e até roupas. Tudo muito bem bordado com vários pontos e coloridas linhas, é claro. A conversa foi muito esclarecedora e aprendemos muito sobre a Chita e os cuidados que devemos ter com ela. Amei conhecer a querida Jacira e saber um pouco de sua história com o bordado, que já começou no ventre de sua mãe e seguiu com ela, como um tesouro herdado, de pequena até os dia de hoje.Fio 29
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Mestra Diquinha. Diquinha é uma mestra na arte de bordar. Sua fala mansa e devagar, nos convida a parar e ampliar a escuta para um outro tempo, tempo que também atravessa seus bordados e sua vida como um todo: dos bordados das pinturas rupestres até as flores que ela delicadamente desenha, toda uma delicadeza é desvelada.
Conhecer Diquinha e seus Bordados é conhecer um Brasil de dentro, onde o tempo e outras paisagens acontecem e permanecem!Fio 32
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, a bordadeira Ivete da Silva, moradora da Terra de Makunaima, lá de Roraima. Ivete, também é professora, pesquisadora do curso de artes manuais da UFRR e vem nos contar sobre sua participação no "Coletivo Tecendo". Conhecer Ivete e seus trabalhos de bordados e cartas, foi uma experiência muito boa. Várias histórias que se entrelaçam entre linhas e cores e nos contam sobre vidas repletas de sonhos e desejos. dentro deste projeto do Coletivo Tecendo. Não conseguimos uma internet com um bom vídeo e por isso, contar com a paciência de todas e todos que aqui estiveram nos deixou muito feliz. Afinal, bordar exige paciência, não é mesmo? Agradeço muito por conhecer esta artista e pesquisadora tão sensível e potente.Fio 36
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, a Bordadeira e Radialista Suzana Moreira, de São Paulo. Uma delicada artista visual, que mistura aquarelas e linhas e é especializada em bordados de Ultrasonografias. Diz Marisa: "Esta conversa com a sorridente bordadeira Suzana encheu nossa tarde de alegria. Suzana cresceu vendo sua amada avó bordar em sua máquina Singer. Cercada de bordados e linhas, foi se alimentando desta rica tradição apenas pelo olhar. Sim, o olhar forma! Depois, esqueceu o bordado e foi realizar outros sonhos. Mas, de repente, ela recuperou o bordado que nela habitava e começou a experimentar, com o bastidor, a bordar o mundo a sua volta: animais, pessoas e por fim, as ultrassonografias, que virou uma marca registrada sua. Foi uma conversa sobre coragem para mudar o que precisava ser mudado e conquistar novos sonhos e modos de viver... Grata, axé!".Fio 39
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Stella Guimarães (Almenara/ Itabira, MG). Diz Marisa: "Stellinha nasceu em Almenara, e por isso, carrega o barro e toda a riqueza do Vale do Jequitinhonha consigo. Atualmente, vive em Itabira, e mais uma vez , a força das palavras a sustenta: ela é como pedra , uma pedra grande de mil coloridos e tecituras. Como bordadeira anarquista, não conhece fronteiras e suas imersões no mundo da moda a levou a trabalhar por mais de 15 anos no São Paulo Fashion Week e seu bordado, além de encantar os olhos de luz e belezuras, reflete a explosão da natureza e da vida simples como vive: desenvolvendo o saber da escuta sensível, a busca pela incompletude, criando sempre outros jeitos de ser e estar, através e com o bordado. Se me pedissem uma palavra para definir Stellinha, esta palavra seria generosidade. Sua mineirice é transbordante, sua bagagem é riquíssima e por isso, tudo que nos mostra, vem carregado de afetos e muitas histórias. Para ela, o processo de aprender é um emaranhado de tentativas e até mesmo o erro, é um elemento importante, que deve ser valorizado, não " deve ser jogado embaixo do tapete" ou não devemos ter "vergonha" de errar. Pelo contrário: o erro é o começo do acerto! Ouvimos histórias de superação, em que o bordado salvou não apenas esta grande Bordadeira, mas ela mesma presenciou muitas pessoas que mudaram radicalmente o rumo de suas vidas por causa do bordado. E é essa possibilidade de transformação pessoal e coletiva que Stellinha trás em sua fala, em seu trabalho, em sua Arte...
Grata, axé!"Fio 42
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, "as Bordadeiras do Alto Alegre (Horizonte, CE)
E quem vem fiar conosco serão as queridíssimas Cássia Enéas, que é socióloga, doutora em ciências da educação, bordadeira e coordenadora @bordandoresisnteciacoletivo " Bordadeiras de Alto Alegre", a Francisca Edna Silva, que é graduanda de pedagogia, bordadeira e articuladora comunitária do Coletivo e Leuda Silva, professora, bordadeira, responsável pela produção das peças e vestuário deste lindo projeto. Alinhavando mais e mais fios com poesia, teremos ainda a presença incrível do poeta e amigo do coração Celso Borges, que diretamente da ilha do amor, em São Luís do Maranhão, vem nos encantar ainda mais nesta festa de arte e alegria...
Como vocês podem ver , é um batalhão de ouro que vale a pena a gente ver, ouvir e conhecer!"Fio 45
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, "Débora Lima, uma jovem bordadeira muito talentosa. Débora aprendeu o ofício com sua mãe, mãe que aprendeu com a avó e que muito provavelmente, aprendera com sua mãe também. Em pouco tempo, Débora vem avançando em seu Bordado e conquistando mais e mais pessoas que compram se encantam com sua arte.
Foi então que resolveu abrir uma página e uma loja virtual, onde recebe suas encomendas e divulga seu trabalho tão variado de pontos, tão colorido, realmente delicado! Para abrilhantar nossa prosa, recebemos a visita do cantor, compositor, escritor e amigo Lucio Sanfilippo, que com sua voz delicada, trouxe um dos mitos de Oxum para dividir conosco e depois, cantou e encantou a todos. Conversar com Lucio é sempre uma alegria pra mim, pois já vivemos muitas coisas juntos e como fã, estou sempre acompanhando seus shows e o seu cantar."Fio 3
Projeto " Mãos que falam e bordam" Experiências de bordados com surdos/ mudos na Bahia.
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Elaine Jansen.
Fio 6
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Vinícius Azevedo, falando de seu projeto de doutorado e sua pesquisa com o bordado na Educação.Fio 9
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Eliana Miranzi, que conta suas memórias com o bordado e seus projetos que misturam arte educação e psicologia, vida e memória. Uma bordadeira e educadora de uma sensibilidade singular que vem desenvolvendo uma metodologia que une saberes ancestrais e técnicas de bordado, espalhando boas sementes por onde passa.Fio 12
Marisa Silva recebe, diretamente de Diamantina, Parísina Ribeiro que nos trouxe a riqueza de sua terra em traços e linhas bordadas. História de vida e uma trajetória repleta de arte que vale a pena conhecer! Que bom conhecer Bordadeira e educadora tão sensível e cheia de amor pelo seu trabalho.Fio 15
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Helena Flávia Marinho. Conversar com Helena é uma aula em seu sentido mais amplo: saímos com a certeza dele que nos conectamos e aprendemos mais sobre a natureza da qual fazemos parte ,mas que nem sempre nos lembramos disso. O Projeto "Linhas das Montanhas : bordando nossas águas" é um convite para mergulharmos neste rio ,nestas pedras, nestas árvores que estão fora, mas também estão dentro de cada um de nós.Fio 18
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, com Iara Reis Rococó (CE). Uma prosa que já começou com poesia e lindos bordados e que nos levou diretamente ao sertão deste nosso país.
Iara nos falou de sua infância em Caxias, no interior do Maranhão, da luta de seu pai que foi preso político, de como a arte a salvava em muitos momentos sofridos pra sua família... Depois de crescida, se encontrou no Ceará, e na cidade de Fortaleza, criou as filhas e com as bordadeiras , aprendeu tudo que sabe hoje. Nos deu uma aula sobre a importância do artista popular e nos deixa a certeza de que , como Paulo Freire nos falava" não existe saber melhor que o outro: existem saberes". E o desejo é que possamos seguir, aprendendo com cada bordadeira/o os seus saberes.Fio 23
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Soninha Santos, bordadeira que tudo que toca, ela transforma em algo melhor ainda, levando beleza e cor à roupas manchadas, esquecidas, abandonadas. Além disso, é uma historiadora, uma escritora, uma poeta das palavras que com muito sorriso e ternura, espalha arte e boas sementes por onde passa. Foi muito rica e prazerosa nossa conversa sobre suas memórias atravessadas pelo bordado, pelas histórias orais contadas por seus tios, pela cultura popular de sua terra tão bem entranhada em sua vida, em seu ser.Fio 26
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Diomilton Ferraz, bordadeiro e artista visual, que nasceu em Bandeira e atualmente, mora em Almenara, cidade do Vale do Jequitinhonha, nas Gerais. Diomilton mistura várias técnicas em seus bordados, um curioso por novas texturas e entremeios com linhas e tintas. Trabalha muito bem com Stumpwhrk, que é uma técnica inglesa que possibilita dar volume ao bordado, utilizando o arame e também pesquisa a Renda Veneziana, misturando como ninguém o tecer e o tramar.Fio 27
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Dani Ktenas. Daniela pinta com agulha e linha. Com apenas um ponto, consegue dar volume e matizar as linhas de forma perfeita, denotando grande técnica e um estilo próprio. Nesta conversa, nos mostrou vários quadros bordados, todos que fez nesta quarentena, que pra ela se traduz em mais de 100 dias de isolamento.
Dani nos falou que o bordado a "salvou" durante a pandemia, e é o mesmo sentimento que eu tenho também.Fio 30
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Dedé Rino, bordadeira e bióloga, que vem conversar conosco lá de Marília, em São Paulo. Dedė tem anos e anos de experiência com a arte de bordar e falando sobre si , ela emenda : "Eu pinto e bordo a Vida!" Vai ser um colorido que só, saber de suas memórias e afetos nesta linda trajetória de vida.Fio 33 e 34
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Nina Sargaço. Nina é historiadora, pesquisadora e colecionadora de antigos métodos pedagógicos e registros das técnicas dos trabalhos manuais femininos têxteis. Criadora e mantenedora da "Coleção Nina Sargaço" que é um acervo particular, com sede própria na cidade de São Paulo que reúne mais de 20.000 itens, que tem por objetivo salvaguardar o conhecimento destas artes milenares que estão se perdendo muito rapidamente. Composta por livros, revistas, mostruários de pontos, riscos de bordado, ferramentas, anotações, aviamentos e todo tipo de objeto referente a estes ofícios. Tantos Bordados, fios , rendas e histórias que passam por várias áreas do conhecimento, como história, geografia e denotam o quanto de beleza tantas e tantas mulheres construíram ao longo de décadas. Um espaço que vale a pena visitar, conhecer, se encantar! Grata, axé!Fio 37
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, o bordadeiro e artista visual Aurélio Prado, do Distrito Federal, que fala sobre seu Projeto "Marias Bordadeiras". Diz Marisa: "Este lindo projeto, nasceu literalmente, a partir de um sonho, e Aurélio afirma ter a honra de trabalhar com bordadeiras de outros tempos, num verdadeiro intercâmbio artesanal. Para este sensível bordador, 'bordar é muito mais que colocar linha num tecido, é também cuidar da mente, é materializar a beleza que espera para vir ao mundo... é entrega e carinho. O bordado das Marias Bordadeiras têm DNA!'". E completa: "Aurélio Prado é um menino sonhador. E seu sonho, o levou a bordar e a se libertar, se reinventar, se encontrar.
Quantas Marias Bordadeiras existem dentro de você? - Eu perguntei e ele respondeu: - Todas!
Uma simpatia e delicadeza que borda Ipês de várias cores, borda varais com poesias, borda contornos minimalistas, borda estrelas que cintilam no céu e não fazem acreditar que sempre é possível refazer caminhos, quebrar paradigmas e recomeçar...
Foi bonito e muito afetivo este nosso encontro!"Fio 40
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, a bordadeira Olinda Evangelista. Diz Marisa: Olinda Evangelista, que nasceu em Florianópolis,mas atualmente mora em Londrina(PR). Olinda borda já mais de 15 anos e aprendeu o ofício com sua mãe, que hoje já tem 98 anos. Além de educadora, Olinda Evangelista vem organizando varias exposições de Bordados e tem 5 livros publicados sobre o assunto. Seus Bordados refletem seu olhar político e questionador sobre o mundo e foi assim que bordou para os Projetos " Os mortos da Ditadura Militar" e um outro, que homenageava os professores. Estaremos conversando também sobre a organização das exposições comemorativas aos cem anos de Frida Kallo e Violeta Parra. Ou seja, assunto bordado é o que não vai faltar! Para terminar, iniciamos uma extensão do nosso projeto e convidamos a cantora Bia Flor (RJ) para trazer um cadinho de música bem no início do nosso fiar...
Grata, axé!".Fio 43
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, Kátila Kormann Morel (SP), que com seu amigo Beto, criou o "Outros Nós Bordados", que recupera os bordados da vovó dando- lhes com um toque subversivo, atual, político e muito crítico. Kátila e Beto começaram a bordar entre cafés, livros e muita conversa boa. Seus bordados não são feitos apenas com linhas, mas com muito afeto, e aquela dose de subversão necessária no nosso tempo. Através de técnicas e materiais diversos: tecidos, linhas, papéis, tintas e o que encontram pela frente, eles vão criando e recriando, resignificando, transformando mundos ao redor. De uma forma irreverente, eles dizem que "a arte não pode salvar", e nos provocam questionando: quem disse que queremos ser salvos? E por fim, complementam: "Toda arte é resistência"! E para abrir nossa roda de conversa, teremos a participação da cantora e amiga querida Alice Passos (RJ), que com sua bela voz vai alinhavar, ainda mais, a arte de bordar com a música e a poesia."Fio 46
Marisa Silva recebe, no Fio às cinco em pontos, "Stellinha Guimarães para falar de três assuntos: às transparências, suas bonecas de pano e sua participação no London Fashion Week 2020. Ao nos mostrar suas transparências, podemos adentrar em seu mundo criativo e explorador de múltiplos materiais. Stellinha ama cor e a cor ama Stellinha. Stellinha ama bonecas e as bonecas também amam Stellinha. Deve ser por isso que seu trabalho é tão forte, intenso, verdadeiro: receita pura de paixão e amor! Para abrir nosso Fio, tivemos a participação de Florencia Santägelo, que nos trouxe o conto " A moça Tecelã" de Marina Colassanti, de uma forma poética que só a Flor tem. Por fim, a conversa com Stellinha rendeu e tivemos que abrir outra prosa pra ela terminar de nos encantar com seus bordados... Grata, axé!"
2021 creative commons Nina Veiga Atelier de Educação.
esta página está sob a licença creative commons com atribuição não-comercial.